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OS INSTRUMENTOS DE TORTURA NÃO EXISTIRAM?

OS INSTRUMENTOS DE TORTURA NÃO EXISTIRAM?

 

Acessei um site onde um energúmeno, que é o dono do site, diz que os instrumentos de tortura não existiam. Claro que ele está falando isso com o intuito de negar as torturas que a igreja católica aplicou aos "hereges" no tempo da inquisição.

Vamos ver o que o "gênio" diz acerca do assunto.

"Chega às raias da irracionalidade as mentiras e o ódio que certas pessoas nutrem pela Igreja Católica – ódio preenchido com acusações tolas, idiotas, absurdas, infantis, irracionais e com acessos de fúria injustificados recheados de falsa propaganda para difamar a Igreja.

Um exemplo disto são os tais “Instrumentos de tortura utilizados na "Inquisição", presente em diversos sites e vídeos internet à fora. Sem qualquer tipo de referência histórica, os propagadores deste mito, utilizam gravuras e explicações de como esses instrumentos eram utilizados, atribuindo isso a “malvada e aterrorizante inquisição”.

No entanto vejamos se de fato é mentira, acusações tolas e idiotas, as denuncias feitas por nossos irmãos nos debates e nos sites de apologética de verdade. Ele diz que não existem referencias históricas sobre o assunto porém nosso irmão, o grande apologista Lucas Banzoli, expôs quando publicou "O LIVRO QUE É UM TAPA NA CARA DE TODO APOLOGISTA CATÓLICO". Uma fonte primaria. Um livro que foi escrito por Nicolau Eymerich, e colocarei uma citação sobre o assunto, e ao logo do artigo irei expondo por partes o que o site católico alega, e assim, irei comparando tais afirmativas com o que o livro diz a respeito.

Bom o "apologista" católico já começou mentindo, pois, ele diz que não existe uma fonte que comprove a existência dos instrumentos de tortura. Vejamos o que diz o livro MANUAL DO INQUISIDOR.

“O valor da confissão é absoluto quando obtido sob ameaça de tortura ou através DA APRESENTAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE TORTURA. Nesse caso, considera-se que o réu confessou espontaneamente, tendo em vista que não foi torturado. 

"A mesma coisa, se a confissão é obtida quando o réu já está despido e amarrado para ser torturado. Se confessar durante a tortura, deve, depois, confirmar a confissão, já que esta foi obtida através do sofrimento e do terror. Dizem que podem recomeçar as torturas, quando sob o seu efeito conseguira-se novos indícios: deve-se assinalar que tudo o que o réu disser sob tortura, pode ser considerado como um novo indício, e, em tais casos, é absolutamente correto recomeçar" (p. 157)

Veja os instrumentos de tortura não só existiram, mas o autor explica que os mesmos eram não só utilizados para torturar, mas também com o objetivo de ameaçar e intimidar, coagindo a vitima a uma confissão "espontânea".

Veja que o autor da detalhes preciosos no seu relato pois diz que haviam confissões que ocorriam QUANDO A VITIMA JÁ ESTAVA AMARRADA E SENDO DESPIDA, confessando assim "espontaneamente".

Ora, minha pergunta é, em que ela estava amarrada e para que ela era despida? Agora vejamos novamente o que o dono do site mais desonesto do Brasil diz:

"Chega às raias da irracionalidade, as mentiras e o ódio que certas pessoas nutrem pela Igreja Católica – ódio preenchido com acusações tolas, idiotas, absurdas, infantis, irracionais e com acessos de fúria injustificados recheados de falsa propaganda para difamar a Igreja. Um exemplo disto são os tais “Instrumentos de tortura utilizados na Inquisição” presente em diversos sites e vídeos internet à fora. Sem qualquer tipo de referência histórica, os propagadores deste mito utilizam gravuras e explicações de como esses instrumentos eram utilizados, atribuindo isso a “malvada e aterrorizante inquisição".

Para esse pilantra e denomino assim sem medo, denunciar os crimes que sua igreja cometeu é DIFAMAR a "santa igreja" que torturou milhares de pessoas com sua engenhosa crueldade destruindo famílias, matando inocentes , diante da intolerância idiota, tola, irracional e absurda .

Esse "Apologista" católico deve ser tido por cúmplice ou no minimo como um defensor dos crimes cometidos por seus antepassados, pois, ele torna-se réu confesso quando põe entre aspas a "malvada e aterrorizante inquisição".]

Quero encerrar o artigo com uma das afirmações mais lamentáveis do livro Manual do Inquisidor, onde nos dá a terrível noção da crueldade desses monstros.

"Uma questão que merece particular atenção é quanto à existência ou não de categorias de pessoas não torturáveis, em decorrência de algum privilégio. Efetivamente, funciona, do ponto de vista jurídico, e com uma certa frequência, a ideia de que certas pessoas não podem ser torturadas – soldados, cavaleiros, pessoas importantes –, devendo se limitar a aterrorizá-los, mostrando-lhes os instrumentos de tortura e ameaçando-os de utilizá-los. Mas este é um direito que não se conta nas questões de heresia: nenhuma das pessoas isentas de tortura, a propósito, de qualquer delito não o será, tratando-se de heresia. É o caso de se perguntar, em contrapartida, se se podem torturar as crianças e os velhos por causa da sua fragilidade. Pode-se torturá-los, mas com uma certa moderação; devem apanhar com pauladas ou, então, com chicotadas. E o que fazer se o réu em questão é uma mulher grávida? Esta não é torturada nem aterrorizada, para evitar que dê à luz ou aborte. Deve-se tentar arrancar-lhe a confissão através de outros meios, antes de dar à luz. Depois do parto, não haverá mais nenhum obstáculo.(pg 156-157)

 

Por: João Vitor

Data: 15/06/2016